CANNON, O ESPIÃO QUE NÃO AMAVA: espionagem e o imaginário masculino da guerra fria (1970-1973)
DOI:
https://doi.org/10.18817/ot.v20i36.1008Palavras-chave:
Guerra Fria., Imaginario Masculino, Histórias em QuadrinhosResumo
O objetivo deste texto é examinar como as tiras de histórias em quadrinhos do superespião estadunidense John Cannon, criadas por Wallace Wood e publicadas entre 1970 e 1973, inserem-se no contexto histórico da Guerra Fria. Presta-se atenção à dimensão anticomunista apresentada nas histórias do personagem e como ela dialoga com formas visuais e esquemas narrativos que se expressam por meio da figura de mulheres, quase sempre objetificadas, desempenhando o papel de femmes fatales. A análise dessa categoria de fonte para a historiografia é reveladora de um imaginário projetado sobre as tensões entre os Estados Unidos e seus inimigos comunistas, bem como nos fornece elementos para interpretar um possível direcionamento dos quadrinhos de Cannon ao gosto de um público masculino.
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