“QUE O ASSASSINADO NÃO TINHA RELIGIÃO, NEM CONTAVA COM DEUS PAI”: escravidão, afro-catolicismo, paternalismo e criminalidade (Ilha do Quilombo, RS, 1874)
DOI:
https://doi.org/10.18817/ot.v18i31.823Palavras-chave:
Escravidão, Paternalismo, Justiça, DevoçãoResumo
Resumo: A consciência ou opinião pública antiescravista, crescente a partir da década de 1860 e, principalmente, 1870, atingiu os tribunais e a sociedade imperial de várias maneiras. No caso que relataremos a seguir, percebemos que essa mudança de sensibilidade com relação ao escravizado tinha, também, uma intenção de sufocar ou de limitar potenciais distúrbios que, começando numa instância micropolítica senhorial, se espraiassem para dimensões maiores. Era importante valorizar as motivações dos crimes dos escravizados, ponderando se eles não teriam sido impelidos ao crime pelo mau comportamento senhorial. Além disso, nessa trama que abordaremos por meio de um documento judiciário, evidencia-se que a devoção foi um dos principais artefatos culturais que interconectou os povos aproximados pelo tráfico transatlântico, e a sua análise permite-nos perceber as formas híbridas com que se passou a captar o real e o sobrenatural, naquelas identidades e sensibilidades marcadas pela diáspora.
Palavras-chave: Escravidão. Paternalismo. Justiça. Devoção.
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