ENSINO DE HISTÓRIA, RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E DE GÊNERO: uma experiência possível
DOI:
https://doi.org/10.18817/ot.v20i36.1059Palavras-chave:
Ensino de História, Relações étnico-raciais, GêneroResumo
Neste artigo, um relato de experiência acerca do trabalho realizado com estudantes dos oitavos anos de uma escola pública do Distrito Federal acerca dos movimentos contestatórios do período regencial (1831-1840). Buscou-se, nas atividades propostas e desenvolvidas, ressaltar como pessoas pobres, indígenas, mulheres, escravizados e escravizadas encontraram nessas revoltas e rebeliões espaços possíveis de manifestação de suas vontades e anseios, marcando novas formas de ação política e protagonismo. Para isso, o estímulo às/aos estudantes à pesquisa e análise de diferentes registros e linguagens, a fim de possibilitar uma reflexão crítica sobre a experiência histórica brasileira e suas aproximações e distanciamentos com o projeto de uma sociedade cidadã, bem como a produção de outras narrativas, que tornassem visíveis as ações, protagonismos, pensamentos, projetos e jogos de poder que informaram o período regencial.
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