USOS E ABUSOS DO ENCONTRO FESTIVO: Identidades, Diferenças e Desigualdades no Maranhão dos Bumbas (c. 1900-50)
DOI:
https://doi.org/10.18817/ot.v6i8.169Palavras-chave:
Festas, Diferenças, Desigualdades, Identidades, Bumba-meu-boi,Resumo
É freqüente e difundida a idéia de que a festa, particularmente a festa à brasileira, seria capaz de mediar, apaziguar ou mesmo eliminar múltiplas e variadas diferenças entre os sujeitos. No caso do Brasil, a lapidação dessa imagem da festa se efetivaria sobretudo no contexto da ideologização da mestiçagem brasileira particularmente a partir dos anos 1920-30. Neste período, diferentes intérpretesda nação e das regiões brasileiras buscavam identificar seus símbolos coletivamente partilhados, e a festa se tornaria a ocasião máxima para se observar essa partilha amistosa e harmônica. Entretanto, umconjunto significativo de pesquisadores têm se esforçado em seguir um outro caminho, evidenciando que a festa é uma ocasião privilegiada para se observar as tensões, conflitos, diferenças e desigualdades. Aqui, festas como o carnaval e os festejos juninos – cujos principais elementos no Maranhão, os bumbas-meu-boi, são inscritos como modeladores e mediadores de ser maranhense – poderiam ser interpretadas como um lugar particular para se notar o funcionamento das diferenças e desigualdades. Para além da mistura e do encontro, pode-se perceber que nessas festas, longe de se suspender conflitos e se revitalizar comunidades imaginadas nacionais e regionais, as hierarquias sociais são ritualizadas e teatralizadas.Downloads
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