A POLÍTICA DE ALDEIAS COMUNAIS COMO PROPOSTA DE URBANIZAÇÃO DO MEIO RURAL NO MOÇAMBIQUE SOCIALISTA (1975-1986)
DOI:
https://doi.org/10.18817/ot.v21i38.1117Palavras-chave:
Aldeias comunais. , Zonas libertadas. , Moçambique socialista.Resumo
O presente estudo versa sobre a política de aldeias comunais como proposta de urbanização do meio rural no Moçambique socialista (1975-1986). O objetivo é compreender o processo da implementação da política das aldeias comunais a partir da experiência da FRELIMO[1] nas zonas libertadas. Trata-se de uma pesquisa exploratória, alicerçada no método bibliográfico. A pesquisa concluiu que em Moçambique, a política das aldeias comunais, por um lado, surge como forma de organização da população camponesa e de controle da mesma para facilitar o provimento de serviços sociais básicos. Por outro, tinha em vista a redistribuição inter-regional da população rural, tendo em conta uma relação equilibrada com os recursos naturais, a reorganização local das formas de assentamentos humanos rurais urbanizados e o abrandamento do êxodo rural que sufocava as cidades e as vilas em busca de melhores condições que o campo não oferecia.
[1] Frente de Libertação de Moçambique.
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