Outros Tempos: Pesquisa em Foco - História https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema <p>A Revista de História <strong>Outros Tempos</strong> (ISSN 1808-8031) é uma publicação semestral do curso de História da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA. Criada em 2004, conta com o financiamento da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da UEMA e da Fundação de Amparo á Pesquisa e Desenvolvimento Cientí­fico e Tecnológico do Maranhão - FAPEMA. Atualmente é classificada pelo Qualis CAPES como A3, avaliação quadrimestral (2017-2020).</p> <p> </p> Universidade Estadual do Maranhão pt-BR Outros Tempos: Pesquisa em Foco - História 1808-8031 <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/deed.pt_BR" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/br/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />Outros Tempos - Pesquisa em foco - História de <a href="https://www.outrostempos.uema.br/site/" rel="cc:attributionURL">http://www.outrostempos.uema.br/site/</a> é licenciado sob uma <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/deed.pt_BR" rel="license">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil</a>.</p> Informações editoriais https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1207 Anissa Ayala Cavalcante Copyright (c) 2024 Anissa Ayala Cavalcante https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 10.18817/ot.v21i38.1207 A POLÍTICA EXTERNA DE MOÇAMBIQUE NO CONTEXTO GLOBAL: continuidade e descontinuidade https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1168 <h1 style="text-align: justify; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0cm .5pt;"><span style="font-size: 11.0pt; color: windowtext; font-weight: normal;">As independências das antigas colônias portuguesas em África buscaram estabelecer rupturas históricas e marcos temporais de passagem entre regimes políticos e econômicos diversos. Imediatamente, depois de ascender à independência, em 1975, Moçambique adoptou uma política externa para salvaguardar a independência recém-adquirida. O presente artigo perfaz algumas reflexões sobre o globalismo e a política externa de Moçambique, sobretudo diante dos eventos extremos do mundo contemporâneo. Este artigo surge como uma necessidade de repensar-se o passado, “levando a requestionar” os motivos que levaram Moçambique a mudar a sua política externa no contexto global. Entretanto, a história global corresponde à multiplicidade de grupos que buscam a hegemonia sobre ela, sejam elas os micros ou macro, curta ou longa duração, comparando, conectando ou integrando a sua natureza disciplinar: campo ou abordagem. Para a materialização do presente artigo, baseou-se na consulta de fontes primárias e secundárias produzidas pelo governo moçambicano e algumas entidades que participam e contribuem para a continuidade ou descontinuidade da política externa de Moçambique. </span></h1> DOMICIO MANUEL LAURENTINA CHONGO Copyright (c) 2024 Domicio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 129 164 10.18817/ot.v21i38.1168 A FORMAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS DE MOÇAMBIQUE: a construção da instituição militar no pós-independência (1975-1992) https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1126 <p>Neste artigo, procuramos analisar o processo de formação das Forças Armadas de Moçambique, buscando compreender os fatores que influenciaram a institucionalização e a estruturação dos seus diversos ramos. Partindo do pressuposto de que a estruturação da instituição militar moçambicana obedeceu a uma lógica imediatista e urgente, com o Estado agindo, quase sempre, de forma reativa, apresentamos os fatores internos e externos, que condicionaram os processos de tomada de decisão e as escolhas do governo da FRELIMO nos anos que se seguiram à independência. Buscamos debater, também, até que ponto a criação das Forças Armadas obedeceu a decisões calculadas e planejadas, além de demonstrar como a instituição militar moldou o comportamento das elites dirigentes e do Estado moçambicano como um todo.</p> ADRIANO DE FREIXO ÉNIO VIEGAS FILIPE CHINGOTUANE Copyright (c) 2024 Énio Viegas Chingotuane, Adriano de Freixo https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 165 197 10.18817/ot.v21i38.1126 THE SLOW APPROACH: Mozambique's contribution to Operation Zimbabwe and the new basis for relations with the West. https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1121 <p>During the Cold War years, shortly after gaining its independence, socialist Mozambique was faced with a very thorny issue: that of the sabotage carried out by Ian Smith's Rhodesia on Mozambican territory, with disastrous consequences for the security of Mozambique. This study, based on a political history perspective, was conducted using an approach based in the discourse analysis of American documents that can be consulted today in public archives, starting from those of the State Department and of the Central Intelligence Agency (CIA). The research concluded that Samora Machel emerged as a protagonist in the transition from Rhodesia to Zimbabwe, partly breaking away from their closeness to the Socialist bloc and approaching the Anglo-American bloc to defend specific national interests. This attitude shows how, in the broad world geopolitics, even small countries like Mozambique can play leading roles, going beyond ideological blocs that seemed insurmountable.</p> <p> </p> LUCA BUSSOTTI Copyright (c) 2024 LUCA BUSSOTTI https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 198 219 10.18817/ot.v21i38.1121 HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE INDEPENDENTE: análise comparativa da produção de conhecimento do CEA e do CEEI https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1118 <p>O artigo analisa a produção de conhecimento do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane (CEA-UEM) e do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais do Instituto Superior de Relações Internacionais de Moçambique (CEEI-ISRI). Mobilizou-se a Sociologia do Conhecimento e o método comparativo a partir das variáveis: influência política, liberdade acadêmica e ideologia. O CEA e o CEEI foram duas escolas de pensamento importantes para compreender a história de Moçambique e sua inserção regional. Com pesquisadores nacionais e internacionais prestigiados produziram estudos empíricos, análises rigorosas e relatórios suscetíveis de auxiliar o Estado na governação, condução da política doméstica e externa. Ambos os Centros foram permeados por influência política e interferências na liberdade acadêmica, mas com perspectivas divergentes. Divergiram acerca do modelo de desenvolvimento adotado pelo Estado, das origens do conflito com a África do Sul e das causas da guerra civil moçambicana. Suas ideologias revelaram influências governamentais e das conjunturas doméstica, regional e internacional, tendo influenciado e se deixado influenciar pelo poder político vigente.</p> ERCÍLIO NEVES BRANDÃO LANGA Copyright (c) 2024 Ercílio Neves Brandão Langa https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 220 247 10.18817/ot.v21i38.1118 A POLÍTICA DE ALDEIAS COMUNAIS COMO PROPOSTA DE URBANIZAÇÃO DO MEIO RURAL NO MOÇAMBIQUE SOCIALISTA (1975-1986) https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1117 <p>O presente estudo versa sobre a política de aldeias comunais como proposta de urbanização do meio rural no Moçambique socialista (1975-1986). O objetivo é compreender o processo da implementação da política das aldeias comunais a partir da experiência da FRELIMO<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> nas zonas libertadas. Trata-se de uma pesquisa exploratória, alicerçada no método bibliográfico<strong>. </strong>A pesquisa concluiu que em Moçambique, a política das aldeias comunais, por um lado, surge como forma de organização da população camponesa e de controle da mesma para facilitar o provimento de serviços sociais básicos. Por outro, tinha em vista a redistribuição inter-regional da população rural, tendo em conta uma relação equilibrada com os recursos naturais, a reorganização local das formas de assentamentos humanos rurais urbanizados e o abrandamento do êxodo rural que sufocava as cidades e as vilas em busca de melhores condições que o campo não oferecia.</p> <p> </p> <p> </p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> Frente de Libertação de Moçambique.</p> CARDOSO ARMANDO Copyright (c) 2024 Cardoso Armando https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 248 266 10.18817/ot.v21i38.1117 A INSTRUMENTALIZAÇÃO DOS CHEFES COSTUMEIROS PELOS PARTIDOS POLÍTICOS, GOVERNO E O ESTADO, EM CONTEXTOS ELEITORAIS NO DISTRITO DE HOMOÍNE (MOÇAMBIQUE), 1994 – 2014 https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1152 <p>O presente artigo explora a complexa dinâmica da instrumentalização dos chefes costumeiros pelos partidos políticos, governo e Estado, nos processos eleitorais em Homoíne (Moçambique). Quase que unanimemente descritos como auxiliares administrativos da administração colonial, os chefes costumeiros – mais especificamente os régulos, cabos e indunas – representam no imaginário social e ideológico da FRELIMO pós-independência, o tipo de sociedade a eliminar – a dita tradicional. Na sequência, as estruturas de matriz costumeira estabeleceram novas alianças políticas no contexto da guerra civil, o que conduziu a dinâmicas complexas no âmbito dos processos eleitorais pós-conflito. O artigo resulta de quatro fontes principais: a imprensa, legislação, fotografias e a oralidade – entrevistas. Não buscamos afirmar de maneira peremptória que os resultados eleitorais têm sido determinados pela influência manipuladora exercida pelas lideranças locais. Procuramos demonstrar que a sua participação parcial e seu posicionamento político foi desempenhando um papel de considerável peso nas escolhas partidárias das comunidades – o que justifica a nosso argumento – que associa – de alguma forma – a mudança de partido do Regulo Machavele em 1999 – por exemplo, com a perda de campo da RENAMO naquele regulado e não só. É na virada do século, a partir da década de 2000 – precisamente com a aprovação e implementação do Decreto 15/2000, que se delineiam alterações marcantes nas opções e posicionamentos políticos dos líderes. Essas mudanças, por sua vez, vincam ainda mais a influência iniciada na década 1990, nos resultados eleitorais. Este fenômeno, ao se refletir de alguma maneira nos resultados das eleições, ressalta a importância de uma análise aprofundada das nuances que permeiam a interação entre os chefes costumeiros, os atores políticos institucionais e as dinâmicas eleitorais locais.</p> DÉRCIO CARLOS ALBERTO Copyright (c) 2024 DÉRCIO CARLOS ALBERTO https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 267 289 10.18817/ot.v21i38.1152 FESTAS POPULARES ENTRE OS TSONGA: a “espetacularização” da cultura no Moçambique contemporâneo. https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1125 <p>Este trabalho resulta das reflexões do meu campo de pesquisa na área cultural <em>tsonga</em>, onde tenho vindo a estudar ancestralidade, rituais e festas populares. Nele, objetivo analisar os rituais e/ou festas populares no sul de Moçambique como meios de “espetacularização” da cultura num contexto contemporâneo. Do ponto de vista metodológico, proponho-me a articular as perspectivas de Van Gennep, Turner, entre outros autores como Goffman, Geertz e Gluckman, para (re)pensar experiências e vivências de <em>mhamba ya ukanyi, </em>festa de <em>Gwaza Muthini </em>e Festival de Marrabenta.</p> DULCÍDIO COSSA Copyright (c) 2024 DULCÍDIO COSSA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 290 311 10.18817/ot.v21i38.1125 “HÁ MUITA TERRA AÍ…” – CORREDORES DE CRESCIMENTO AGRÁRIO E A (RE) PRODUÇÃO DE VAZIOS: uma reflexão a partir do Corredor de Nacala https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1153 <p>Esta pesquisa adota uma perspetiva teórica que articula os processos de transformação social, desenvolvimento rural e agrícola com a ideia dos Corredores de Crescimento Agrícola (CCA) para compreender os processos sociais no Corredor de Nacala. É qualitativa e ligada à abordagem de orientação participativa. No país, a ideia dos corredores, como corredores de transporte, é antiga, evoluíram para Corredores de Desenvolvimento e vêm se transformando em CCA. Objetivamos compreender as dinâmicas sociais e produtivas de associações de pequenos produtores e como elas se articulam com esta estratégia de desenvolvimento. A estratégia destaca a existência de vastas terras agricultáveis, mas subexploradas e/ou “vazias”. Apontam-nas como aptas para implementação de investimentos sem uma reflexão sobre as diversas formas de uso e dos modos de vida que possibilitam para quem habita no entorno, com suas formas tradicionais de uso e da importância para as dinâmicas produtivas presentes e futuras.</p> <p> </p> HÉLIO BENTO MAÚNGUE Copyright (c) 2024 Hélio Bento Maúngue https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 312 342 10.18817/ot.v21i38.1153 O CONCEITUANDO UBUNTU AFRO-AUSTRAL PARA UMA NOVA VISÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM MOÇAMBIQUE https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1170 <p>: Em primeiro momento, o artigo busca apresentar diferentes conceitos da filosofia <em>Ubuntu</em> e a sua conformação com lógica dos direitos humanos. E, por outro lado, o artigo caracteriza e analisa Ubuntu enquanto conjunto organizado de princípios e normas ético-morais, no que concerne à sua construção histórica e teórico-concetual, concedendo enfoque à sua recuperação no período após as chamadas transições político-económicas em África, nos anos 1990, com especial atenção para a República de Moçambique, dado que será, nessa altura, que se assistirá a uma maior afirmação político-social de <em>Ubuntu</em> e da sua recuperação ou renascimento. Por outro ângulo, o artigo define <em>Ubuntu</em>/<em>Umuntu</em> como um princípio que posiciona a vida de todos os entes que habitam o planeta Terra, incluindo toda a família humana, e não propriamente somente a dos seres humanos. Portanto, Ubuntu defende e salvagurda valores como humanismo, dignidade, alteridade, comunitariedade, solidariedade e interculturalidade, à luz da cosmovisão africana da vida, no seu sentido mais geral e abrangente possível. Inobstante, o trabalho discute categorias da filosofia <em>Ubuntu</em>-africana em variadas perspectivas, nomeadamente <em>Muntu</em>, <em>Kintu</em>, <em>Hantu </em>e <em>Kuntu </em>(permeadas por <em>Ubuntu</em>), ou seja, entes (seres vivos, não vivos e ainda-não-nascidos) e não seres vivos somente no sentido puramente biológico.</p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> <p><strong> </strong></p> ORLANDO DO ROSÁRIO SEBASTIÃO ARMENIO ALBERTO RODRIGUES DA RODA Copyright (c) 2024 Armenio Alberto Rodrigues Da Roda, Orlando do Rosário Sebastião https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 343 380 10.18817/ot.v21i38.1170 CORONAVÍRUS NO CONTINENTE AFRICANO: um panorama sobre os seis primeiros meses da pandemia de Covid-19 https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1171 <p>Para a análise dos efeitos da pandemia de Covid-19 nos países africanos, discuto a invisibilidade da África na imprensa brasileira, assim como as crises (econômica, política, ética) provocadas por esse vírus, as relações entre as particularidades do continente africano e o combate ao coronavírus. Esses tópicos resultam da minha investigação sobre os efeitos da pandemia mundial de Covid-19 no continente africano. Os resultados desta análise demonstram que a invisibilidade na imprensa brasileira da pandemia de Covid-19 no continente africano ocorre devido ao racismo estrutural que marca a sociedade brasileira. Além disso, as crises geradas pelo coronavírus no continente africano são as mesmas que atingiram outros continentes. E, apesar das mesmas crises e de haver protocolos mundiais para o combate à Covid-19, há espaço para as particularidades africanas, que ora ajudam, ora atrapalham, a efetivar tal combate.</p> <p> </p> EDGAR BRAGA NETO Copyright (c) 2024 Edgar Braga Neto https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 381 398 10.18817/ot.v21i38.1171 A HISTÓRIA DA ECONOMIA SOCIALISTA MOÇAMBICANA https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1156 <p>Este artigo tem como objetivo caracterizar a economia moçambicana que decorreu entre os anos de 1975 a 1990, período que se convencionou chamar de socialista, em que o governo pós-colonial adotou o Marxismo-Leninismo como instrumento político e ideológico de exercício do poder económico, político e social, seguidos pelos países socialistas, como a URSS, Iugoslávia, Bulgária, Checoslováquia, Alemanha Oriental (RDA), Hungria, Polônia, China, Cuba, etc. Influenciando o governo a recriar reformas de desenvolvimento baseadas nas experiências dos países socialistas. Este artigo se focou na pesquisa bibliográfica e documental para descrever e caracterizar o modelo de organização económica do período que se convencionou chamar de socialista.</p> TÓME MIRANDA MALOA JOAQUIM MIRANDA MALOA Copyright (c) 2024 Joaquim Miranda Maloa, Tome Miranda Maloa https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 399 415 10.18817/ot.v21i38.1156 A BANCADA MARANHENSE E O DEBATE SOBRE A “DISTRITALIZAÇÃO” DAS ELEIÇÕES IMPERIAIS EM MEADOS DO OITOCENTOS https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1103 <p>Este artigo discute a atuação da bancada maranhense na Câmara dos Deputados no debate sobre as reformas eleitorais de 1855 e 1860. Estas leis alteraram a circunscrição eleitoral e “distritalizaram” as eleições, uma alteração profunda na disputa política da época. Investigo, aqui, como os deputados de uma província de menor destaque do norte do Brasil atuaram em relação às propostas de reforma eleitoral. Argumento que os interesses dos deputados gerais, mesmo oriundos de uma província menor, poderiam alterar a relação de forças na Câmara, e que as questões locais e provinciais poderiam ganhar conotação nacional.</p> ARTHUR ROBERTO GERMANO SANTOS Copyright (c) 2024 Arthur Roberto Germano Santos https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 1 30 10.18817/ot.v21i38.1103 ESCREVER BIOGRAFIAS EM DIÁLOGO COM SUJEITOS VIVOS: notas sobre impactos da História Oral e da História Pública na narrativa historiográfica https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1092 <p>Apesar do volume expressivo de trabalhos, que tem debatido o uso de fontes orais na pesquisa historiográfica, ainda são diminutas as reflexões sobre as implicações do diálogo com sujeitos vivos na forma como historiadores/as elaboram narrativas e estabelecem parâmetros éticos. O presente artigo reflete sobre tais impactos na construção de biografias historiográficas. A partir da experiência de pesquisa sobre a trajetória da cantora Gloria Estefan, visando a construção de uma tese de doutoramento orientada inicialmente pela análise de trajetórias, este trabalho examina impactos e desafios impostos pela aproximação do pesquisador com sujeitos vividos em uma posição de colaboração na construção da investigação, aproximando-se das perspectivas contemporâneas da História Pública.</p> IGOR LEMOS MOREIRA Copyright (c) 2024 Igor Lemos Moreira https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 31 58 10.18817/ot.v21i38.1092 OS DOIS PATRÍCIOS: São Patrício, Paládio e o pioneirismo do cristianismo na Irlanda do século V. https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1079 <p>São Patrício é considerado o grande precursor do cristianismo na Irlanda. Contudo, o pioneirismo deste santo, enquanto bispo na Irlanda do século V, é disputado com um missionário menos conhecido, Paládio, de quem constam apenas breves referências nas fontes e várias hipóteses sobre a possível identidade. Um dos documentos, inclusive, menciona que Paládio também se chamava Patrício, criando interpretações sobre a existência de dois Patrícios, ou a sobreposição da tradição, de feitos de pessoas diferentes, em apenas uma figura histórica. Após apresentar brevemente Patrício, este trabalho tem por objetivo abordar algumas fontes e hipóteses acerca de Paládio, as raízes da controvérsia da possível existência de dois Patrícios na Irlanda, alguns elementos que se sabe ou podem ser atribuídos à Paládio, assim como algumas características dos cristianismos da Irlanda oriundos do culto dos santos.</p> <p align="left"> </p> NATHANY ANDREA WAGENHEIMER BELMAIA Copyright (c) 2024 Nathany Andrea Wagenheimer Belmaia https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 59 80 10.18817/ot.v21i38.1079 “A MATANÇA DE CÃES” OU “A EPIDEMIA CACHORRAL”: a imprensa de Taubaté, a ordem vigente e a política municipal quanto aos animais em meados do segundo reinado https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1177 <p>Este artigo centra-se no embate travado em jornais sobre o morticínio de cães em Taubaté, província de São Paulo, em 1863, apresentando os argumentos do fiscal da Câmara municipal que o comandou e as posições de munícipes, que eram seus críticos ferrenhos. Por fim, discute como o “mundo animal” inspirou análises sobre as relações travadas pelos seres humanos entre si, procurando mostrar a homologia observada entre o trato da questão animal e a compreensão sobre a ordem política e social vigente, especialmente sobre os vadios.</p> LUIZ CARLOS VILLALTA Copyright (c) 2024 Luiz Carlos Villalta https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 81 114 10.18817/ot.v21i38.1177 UM NOVO CINEMA PARA UMA NOVA NAÇÃO: a trajetória do cinema moçambicano https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1198 <p>SECCO, Carmen Tindó; LEITE, Ana Mafalda; PATRAQUIM, Luís Carlos (org.). <em>CineGrafias moçambicanas</em>: memórias &amp; crônicas &amp; ensaios. São Paulo: Kapulana, 2019. 267 p.</p> ITAMIRIS CANTANHEDE E CANTANHEDE Copyright (c) 2024 Itamiris Cantanhede e Cantanhede https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 444 450 10.18817/ot.v21i38.1198 TEMAS DA HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE NOS SÉCULOS XX E XXI https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1205 <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> ERCÍLIO NEVES BRANDÃO LANGA ANDRÉ VICTORINO MINDOSO Copyright (c) 2024 ERCÍLIO NEVES BRANDÃO LANGA, ANDRÉ VICTORINO MINDOSO https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 121 128 10.18817/ot.v21i38.1205 AGENTES DA PRÓPRIA LIBERDADE: os índios e suas alforrias no Maranhão colonial https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1095 <p>Resenha do livro:</p> <p>FERREIRA, André Luís. <em>Injustos Cativeiros</em>: os índios no Tribunal da Junta das Missões do Maranhão. Belo Horizonte: Caravana Grupo Editorial, 2021. 271 p.</p> PRYSCYLLA CORDEIRO RODRIGUES SANTIROCCHI Copyright (c) 2024 Pryscylla Cordeiro Rodrigues Santirocchi https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 115 120 10.18817/ot.v21i38.1095 “ESCREVER É UM VOO PARA O DESCONHECIDO”: uma conversa com Paulina Chiziane https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1123 <p><strong>Nesta entrevista </strong><strong>a escritora Paulina Chiziane nos fala sobre sua aventura na escrita, o profundo respeito e amor por Moçambique, e o desejo de imiscuir em sua dicção as vivências de seu povo.</strong></p> JANE RODRIGUES DOS SANTOS Copyright (c) 2024 Jane Rodrigues dos Santos https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 416 422 10.18817/ot.v21i38.1123 ENTREVISTA COM RUI PEREIRA https://outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/1113 <div><span lang="PT-BR">Rui Alberto Mateus Pereira foi professor auxiliar no Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL) e investigador no Instituto de História Contemporânea (IHC). Faleceu aos 62 anos em 19 de março de 2020. Em 2005 defendeu a sua tese intitulada «<em>Conhecer para dominar: O desenvolvimento do conhecimento antropológico na política colonial portuguesa em Moçambique, 1926-1959</em>». A pesquisa que produziria a sua tese foi desenvolvida nos anos 90 e teve em 1998 uma síntese incluída como capítulo introdutório na reedição do livro «<em>Os Macondes de Moçambique</em>», obra máxima de António Jorge Dias, publicada originalmente a partir de 1964 ao longo de quatro volumes. Rui Pereira foi ainda um dos fundadores da «<em>Associação Portuguesa de Antropologia</em>» e o primeiro diretor do periódico «<em>Cadernos de Estudos Africanos</em>».</span></div> JEFFERSON VIRGÍLIO Copyright (c) 2024 Jefferson Virgilio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-31 2024-07-31 21 38 423 443 10.18817/ot.v21i38.1113